Esta história fala-nos de um alto executivo que, muito stressado, foi ao psiquiatra.
O médico, experiente, em muitos casos idênticos, logo diagnosticou ao paciente os males dos tempos modernos dos executivos: ansiedade, tensão e insegurança. Disse então ao paciente:
- O Sr. precisa de se afastar, pelo menos por duas semanas, da sua actividade profissional. O conveniente é que vá para a província, se isole do dia-a-dia e procure algumas actividades que o relaxem. Com dois livros na mala, 5 CD's do Marco Paulo e 3 do Quim Barreiros, um portátil e três jogos de computador, mas sem o telemóvel.
O executivo partiu para a quinta de um amigo ministro, no Alentejo. Passados os dois primeiros dias, o executivo, não tendo conseguido instalar nenhum dos jogos no portátil, já tinha lido meio livro e ouvido todos os CD's por seis vezes. Continuava, no entanto, ainda muito inquieto. Pensou então que alguma actividade física poderia ter algum resultado na ansiedade que ainda o dominava. Chamou o feitor da quinta e pediu-lhe que lhe arranjasse alguma actividade para ele fazer. O feitor ficou meditativo, mas ao ver uma carrada de estrume que havia acabado de chegar, disse-lhe:
- O Sr. pode ir espalhando aquele esterco naquela área ali que está preparada para o cultivo do milho.
E ficou a pensar para si, divertido: "Ou vai desistir logo, e não me volta a chatear, ou pelo menos fica entretido uma semana". Puro engano. No dia seguinte o executivo já tinha espalhado o esterco todo pela área, de uma forma uniforme, e em duas camadas.
Foi pedir ao feitor nova tarefa. Este, francamente admirado, disse-lhe:
- Bem, estamos a começar a colheita das laranjas. O Sr. pode ajudar-nos. Leve ali aquele carrinho com os três cestos, e vá colhendo as laranjas separando-as por tamanho. As pequenas no primeiro cesto, as médias no segundo e as maiores no outro.
No dia seguinte o gestor levantou-se com o cantar do galo e partiu para o pomar/laranjal. No final do dia, já a noite avançava, e ele ainda não tinha regressado. Preocupado o feitor dirigiu-se ao laranjal. Quando lá chegou viu o executivo com uma laranja na mão, os cestos completamente vazios enquanto repetia para si mesmo:
«Esta é grande! Não... é média. Ou será pequena???????- É pequena, de certeza. Não... é grande. Ou será que é média???????Pequena, deve ser pequena. Não... parece-me muito grande para ser pequena. Será que é grande???????»
Moral da história:
Espalhar merda é fácil. O difícil é tomar decisões.
terça-feira, setembro 13, 2005
O esterco e as laranjas
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1 comentário:
olha.voltaste.
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