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quinta-feira, setembro 15, 2005

Poesia caipira




Vô contá como é triste, vê a veíce chegá,
vê os cabêlo caíno, vê as vista incurtá.
Vê as perna trumbicano, com priguiça de andá.
Vê "aquilo" esmoreceno, sem força prá levantá.
As carne vão sumino, vai parecêno as vêia.
As vista diminuíno e cresceno a sombrancêia.
As coisa vão encurtano, vão aumentano as orêia.
Os ôvo dipindurano e diminuíno a pêia.
A veíce é uma doença que dá em todo cristão:
dói os braço, dói as perna, dói os dedo, dói a mão.
Dói o figo e a barriga, dói o rim, dói o pumão.
Dói o fim do espinhaço, dói a corda do cunhão.
Quando a gente fica véio, tudo no mundo acontece:
vai passano pelas rua e as menina se oferece.
A gente óia tudo, benza Deus e agradece,
correno ligeiro prá casa, procurano o INSS.
No tempo que eu era moço, o sol prá mim briava
Eu tinha mil namorada, tudo de bão me sobrava.
As menina mais bonita, da cidade eu bolinava.
Eu fazia todo dia, chega o bichim desbotava.
Mas tudo isso passô, faz tempo ficô prá tráis
as coisa que eu fazia, hoje num sô capaiz.
O tempo me robô tudo, de uma maneira sagaiz.
Prá falá mesmo a verdade, nem trepá eu trepo mais.
Quando chega os setenta, tudo no mundo embaraça.
Pega a muié, vai pra cama, aparpa, beija e abraça,
porém só faz duas coisa: solta peido e acha graça

terça-feira, julho 26, 2005

Ligo-me, ligo-te

Ligo-me na tua alma refeita
Ligo-me nas tuas ideias melhores
Ligo-me na tua voz...na tua voz
Ligo-me no teu sorriso por mim
Ligo-me na tua ideia em confronto
Ligo-me na vontade e na dúvida
Ligo-me na força e na esperança


LIGO-TE AMANHÃ



(ao Cromo, um amor de toda uma vida)

Aqui e não Ali


o suspiro do silêncio
meu
olhar perdido no horizonte
o olhar
teu
aqui, onde as palavras gelam
o som se refracta
e o gin mata
aqui.
sonhas com a infância
um tempo em que o caminho é uma recta e um arco
a unir as margens.
a cidade, longe
o pensamento (teu?) aqui

o coração respira
sente o olhar
o pensamento é o teu olhar?
o coração descansa. aqui
tu
aqui
ébria do pensamento
vai
para ali
descansar até seres gelo
olha, vou descansar
para ali
e sei-te a respirar
aí.
és minha.
liberto-te do quadro
e tu
ali
não te partas
quando o despertar vier
tu?
entre respirações
e arpejos caninos...

segunda-feira, julho 25, 2005

Quanto amor...

Minha querida,

Sem palavras para te mostrar o meu enorme contentamento!...
Saber-te fiel (ou outra marca de comida para cão) e minha!
Aceita um beijo nas tuas fontes pereira de melo....